Amigos Punks #1



Esse é o ZINE#1 do grupo “AMIGOS PUNKS” *AP que recebeu esse nome inspirado na musica da banda GRAFORRÉIA XILARMÔNICA (Banguela Records/1995) regravada por Wander Wilder. Pois assim como diz a música queremos que “Amigo punk! Escute este meu desabafo, que a esta altura da manhã...”.
Os zines do grupo inicialmente terão suas edições distribuídas somente como arquivo PDF. Até que o grupo consiga algum patrocínio ou aval de algum apoiador.
Irá entrevistar bandas, principalmente da região Sul de Santa Catarina e textos de expressão de conceitos e ideologias. Contamos com o apoio de você que quer se expressar, seja qual for o tema. E também com a ajuda de amigos que quiserem apoiar nessa correria seja como desenhista/ escritor/correções e tudo mais: amigospunks@hotmail.com

O grupo nasce com a visão de expressão para que possamos ser ouvidos/entendidos por quem ler os zines *AP.
Já que em nossa sociedade como simples cidadãos não temos voz para gritar o que pensamos e defendemos. O grupo também nasce com o conceito de liberdade em cada texto. (Ambos com responsabilidade de cada autor).


Impostos pagos em dia, preocupação com contas e como pagá-las. Honestidade acima de tudo para que possamos nessa sociedade ter melhores condições de vida e direitos. Já que cumprimos todos nossos deveres enquanto cidadãos que mesmo sendo enforcado por impostos absurdos não reclamam. Na esperança de que possamos velos investidos em educação, saúde e necessidades básicas de sobrevivência e dignidade.
Trazendo esses mesmos pensamentos para a região sul de Santa Catarina... Pagamos impostos absurdos e muito caro até mesmo para viajar de ônibus de uma cidade para outras “R$2.60”.
Com a esperança de ao menos andar em bons ônibus ou asfaltos que não estejam sempre em construção. E o que dizer dos pedágios que somos obrigados a pagar? Tantas pessoas pagando-o todos os dias más o dinheiro que deveria ser investido em pavimentação de rodovias e sinalizações para onde vai? O que então dizer da saúde? Eu estive o dia todo dentro de um hospital na região de criciúma.
O que vejo é a falta de profissionais qualificados e a diferença entre classes e poderes econômicos. A má condição de um paciente que usa o SUS (Sistema único de saúde). Por não ter onde ficar se precisar ser internado e tudo mais. Essa é importância que dão a saúde publica de nosso país? Enquanto nossos impostos vão para os bolsos de quem sem batalhar consegue tudo. “A solução pro nosso povo eu vou dar...”¹.
Vamos roubar, ou nos candidatar a algum cargo político. Já que não precisamos dar melhores condições ao povo e só temos de ganhar nossas vidas com os impostos que essa massa alienada/vendada paga. Acorda Brasil!
¹Raul Seixas.
Por Pânico Punk


DIGA NÃO AOS PADRÕES
Vivemos numa sociedade em que a mulher e submetida a muitos padrões de beleza, a beleza da mulher esta cada vez mais se tornando uma coisa com rótulos. As pessoas passam dar importância para coisas fúteis do tipo: ''esse cabelo e que ta na moda, essas roupas que se deve usar, regime de famosos e por ai vai'' mas ninguém para pensar que as pessoas devem gostar daquilo que elas quiserem, tanto o homem quanto a mulher deve ter direito de escolher e não deixar que  padrões se torne um algo importante.
Chega desses padrões colocados pela mídia. Mulher não precisa de nenhum padrão para ser bonita muito menos imposta por uma sociedade machista e alienada que pensa que cultura é mulher pelada. Tire os padrões do seu corpo!
Seja livre! Seja você!
Por Ramona Winnie


DESORDEM E RETROCESSO
Acho que um tema muito importante a ser discutido é sobre a educação e a qualificação do futuro do nosso país e do mundo, que são nossas crianças. Um pouco difícil afinal, hoje em dia é tão normal vermos crianças segurando armas e portando drogas.
A sociedade de hoje não dá um bom exemplo e não podemos esperar muito das crianças.
Poucas sabem o real valor da infância por a terem perdido pras drogas ou trocado por um ipad ou um ipod. Não me importa os adultos ou os jovens, nem lavagem cerebral mudaria as já cabeças corruptíveis de nossa geração.
 Todos sabem que o governo até ajuda, mais ajuda muito pouco com educação e as necessidades básicas que um ser humano precisa para viver.
Tratados como lixos, rejeitados pela mãe desde pequenos a única solução é virar morador de rua – ou se tiver a “sorte” de achar um abrigo, ir pro sinal, pedir esmola, passar frio, fome e simplesmente ser ignorado pela sociedade. É claro que uma criança de rua não vai ter chance de crescer, algumas mal sabem ler, mal sabem seu nome. Dói ver uma criança chorando, correndo até você e dizendo: “dona, você tem um real pra eu comprar comida?”.
Dói saber que elas são a parte discriminada e não é uma parte diminuta, é uma grande parte que cresce cada dia mais e com isso cresce também o descaso de modo geral.
Eu espero que daqui a vinte anos os adultos de hoje não sofram as consequências de não darem a mínima pra essas crianças. Vamos parar de se preocupar com a copa e com construção de estádios e vamos nos importar com o que realmente vai fazer nosso país crescer e evoluir. É hora de mudar os planos e fazer com que essas crianças cresçam com a intenção de mudar o mundo e não com a intenção de matar meio mundo!
Por B.P.


PUNKS NOT DEAD! (17/11/2008–01/09/2010)
“Se o punk é o lixo, a miséria e a violência, então não precisamos importá-lo da Europa, pois já somos a vanguarda do punk em todo mundo.” (Chico Buarque)
♫ Garotos Podres - Oi, tudo bem?
Os primeiros punks apareceram por volta de 1972-76 nos becos da arrasada Inglaterra, principalmente pela revolta contra o arqui-inimigo (o capitalismo). A luta do existencialismo versus estudantes niilistas, poetas, escritores e artistas; sempre levava a construção de acordes rápidos/ secos e cheios de palavrões! Se junta há isso muito pessimismo e indignação regada ao excesso de álcool.
O que é o movimento punk? Qual seu objetivo? É um movimento anarquista, ou seja, acabar com tudo, para reconstruir com dignidade, solidez e igualdade.
♫ Sex Pistols - Anarchy in the U.K.
O movimento da geração beat com o não tão ilustre escritor Jack Kerouac (livro mais famoso “On The Road”) iniciou uma mega mudança comportamental na sociedade. Viver de bondade, luz, honestidade e harmonia. Nos anos 50 o blues e o Jazz tomaram nova cara, com ritmo e guitarras elétricas (primeiras). Na década de 60 a onda do New Look/ New Wave, a surfmusic eram o “Panis Et Circiences” da galera. Quem poderia imaginar que as modas e as casas noturnas iriam adotar isso para tentar abafar os problemas da sociedade.
     ♫ Espermograma - Trabalhadores Brasileiros
As regras, a subserviência, a fome, o materialismo e a desigualdade eram o combustível para o punk!
“Você é subproduto de uma sociedade violenta, de uma sociedade que te oprime, que te tira tudo o que você poderia direito. Então você não pode ser uma coisa muito bonita. Então o punk realmente é um espelho perverso disso.” (Zorro, banda M-19).
O punk veio para romper com essas amarras, na tentativa de acabar com a desigualdade ente todos. Eu disse TODOS! Os seres vivos deste planeta (ou de outro, que seja). TODOS têm o direito de viver em paz. Não importa sua crença, cor, etnia, classe social, nível cultural, moradia, forma de pensar, de agir, de falar e de se expressar. As relações propostas por vários grupos de Anarquistas sempre se unem quando: Uma sociedade é oprimida, movimentando a classe operária, estudantil (populares, não populistas como Vargas), aliados a leituras dos primeiros grandes escritores contemporâneos: Bakunin, Prudhon e Woodoock, juntamente com as músicas que foram entoadas como verdadeiros hinos.
A década de 80 trouxe o Hardcore (som duro), bem gravados... Para a qualidade tosca que era a necessária para se tornar realmente HC, gravadoras de garagem e selos independentes. Enquanto o HC crescia nas noites e impulsionava toda geração com letras criticas e autocríticas.
“Nós estamos para revolucionar a MPB. Pra pintar de negro a asa branca, atrasar o trem das onze, pisar nas flores do Geraldo Vandré e fazer da Amélia uma mulher qualquer.” (escreveu Clemente, banda Inocentes em uma de suas primeiras publicações em jornal).
♫ Cólera - Dia e noite, noite e dia
Anos 90 foram à transição e aniquilação das dúvidas dos pensadores anarquistas e também críticos, a globalização uniu os diversos grupos anarcopunks e as produções acadêmicas começaram a surgir. Nesta nova era de Aquariou’s? Em pleno século XXI (2001 até a presente data) o Emocore (som com emoções) desponta no cenário mundial com músicas e vestimentas que são cópias baratas originariamente do hardcorepunk.
“O movimento punk, eu acho que é um movimento que luta por um ideal, sabe? Ideais que talvez jamais eles conseguirão alcançar, mas eu apoio os ideais deles!” (Dona Flora, mãe de Tina em 1983 - SP).
♫ Dead Fish - Cidadão Padrão
Por DrTJ

Em nossa sociedade isso já virou um estilo de vida para muitos.
Só o que vejo são pessoas falsas e hipócritas. De tamanha hipocrisia que conseguem formar amizades somente em cima de dinheiro. Alguns usam da hipocrisia para se adaptar a um meio que querem estar, assim usam da moda, marcas e capital. E se fazem aceitos por determinado grupo somente em cima de hipocrisia. Basta!
Cansei de ver uma sociedade hipócrita. Que vê o próximo morrer de fome e nossa sociedade sendo engolida por suas próprias leis e suas classes sociais. Cansei de uma sociedade hipócrita que vê milhares passando fome e alguns se beneficiando de todo o suor do proletariado e escravizado! Cansei de tanta desigualdade, “miséria e fome”¹
Enfim cansei de toda essa hipocrisia e um povo que mesmo vendo o “seu pais indo para o inferno”² Continua aceitando tudo como trouxas.
E quero! Uma nação menos hipócrita e com mais coração, pois somente assim de farão bons cidadãos!
¹ Inocentes  ²Blind Pigs
Por Pânico Punk


ANARQUIA
Após ouvir a música “Flicts- A todo anarquista” começo a refletir sobre andar sob a terra sem pátria nem fronteira e penso que amo a anarquia. Também como forma de desordem, desde que nessa desordem exista fundamento.
Desordem “Protesto” usar mesmo que seja da força bruta anexada a conceitos revolucionários e sairmos para as ruas para fazer nosso protesto e dessa forma chocar sociedade ou mídia assim fazendo com que nos entendam. Mas não a anarquia relacionada somente a destruição sem nenhum conceito, denominada “utopia”. Somos anarquistas e amamos a paz! Não entende? Somos anarquistas, queremos a queda das leis que nos enforcam e destroem a cada dia para que se construa um comando pelo povo. Sem união a leis fúteis ou união a somente uma cabeça (sem conceitos) que nos comande (presidente).
Somos anarquistas, pois queremos mostrar de qualquer modo mesmo fora das leis um conceito puro e que o povo não precisa se deixar guiar ou se privar de viver somente por causa dessas leis banais.
Somos anarquistas, pois ainda sonhamos com a dita “pátria livre” de barreiras e sonhamos em andar sobre a terra sem temer a repressão ou opressão social.
Somos anarquistas, pois sonhamos também em erguer nossa bandeira e poder gritar “somos livres e somos anarquistas!”.
Por Pânico Punk


GO, GIRLS
Muitas garotas ao longo dos anos veem lutando para que nosso espaço no nosso cotidiano não seja só como um objeto, um produto, apenas mais um artifício na vida de um homem e tentar mostrar que juntos podemos lutar, nos divertir, criar, trabalhar, capazes de igualmente fazer qualquer coisa.
Mesmo dentro da cena punk que foi desenvolvida e criada na base do espírito de igualdade e liberdade podemos ver escondida atrás de comentários, piadinhas, cantadas ofensivas, gestos, propostas o preconceito e o machismo muitas das vezes somos vistas apenas como um “objeto do role”. Chega de discriminação, divergência, preconceito.  Mulheres são tão capazes quanto homens não mais porem igual. Somos capazes de lutar juntos, lado a lado fazer revolução, mas nossa primeira revolução tem que ser a revolução interna jogando no lixo tudo aquilo que nos faz pensar que somos submissas e tudo aquilo que fomos criadas aprendendo em relação a desvantagem feminina e toda essa desigualdade social, transformando e reciclando toda essa ditadura de gênero em FEMINISMO.
O feminismo é uma ideia de igualdade de direitos entre homens e mulheres onde. Nós lutamos lado a lado para que o espaço da mulher seja reconhecido e respeitado. Para que nossas visões sejam iguais e não superior ou submissa a outra. Perante nada somos diferentes, Perante a revolução uma união, Não somos diferentes, temos a mesma capacidade de pensar e agir!
Vamos garotas “o punk rock não é só pro seu namorado” Vamos à luta! (Bulimia)
ABAIXO A DITADURA DE GÊNERO!
Por Luba Bona


Em pleno no calado centro da cidade de Cocal do Sul pensando em poesias/frases e conceitos. Na morte, mas principalmente na vida. Não somente na minha, mas também na das poucas pessoas que ainda vagam por esse lugar.
Algumas quietas outras amedrontadas porem todas parecem buscar algo. Seja fuga da “vida real” com as drogas ou mesmo seus pensamentos vagando como almas perdidas nesse labirinto obscuro. Exatamente todos buscando sua liberdade.
E aqui estou eu sentado nesse local vendo tudo isso e simplesmente buscando “minha” liberdade e pensando em poesia. Uma poesia nomeada “liberdade humana”! A liberdade humana que não temos. A mesma que nos faz ouvir gritos em cada beco. E nos faz lembrar a morte. A morte de liberdade e de nossa expressão que nos causa repulsa. Uma repulsa vinda através do medo.
O medo de sermos mais um cidadão manipulado sem expressão e sem vida. O medo de estarmos perdido nesse pequeno local cheio de ideias, que mais parece um labirinto. Um labirinto sem saída alguma. E cheio de corpos e mentes atordoadas!
Por Pânico Punk


LIXO E LUXO
Pessoas, não se prendam a modismo e padrões impostos por uma alienação midiática, pois sua beleza e você quem dita. Pra que tantos padrões a serem seguidos quando na verdade não estamos sendo nós mesmos? Siga seu próprio padrão de beleza!
De que vale o modismo? Enquanto pessoas se preocupam com o “luke” da moda  e crianças  reviram o lixão ,disputam como urubus estoques vencidos de supermercados e erguem a mão pro céu agradecendo quando acham um “danone” isso para não morrerem de fome.
Pensem, pois enquanto muitos não têm nada para comer sobrevivendo do lixo, muitos usam os fracos conceitos e aproveitando das suas condições  superiores a condição de outros que nada tem para humilha-los. E assim vai gerando uma grande desigualdade social entre a população, por causa de luxos criados da classe burguesa contra a classe pobre! E essa guerra não tem seu fim, pois a cada dia somos mais a manipulados a aceitar conceitos fúteis impostos pela mídia. Comprando e comprando. Simplesmente esquecendo o irmão caído ao chão estendendo a mão e pedindo um prato de comida! Essa é a guerra sistemática imposta a nós que pode sim ter um fim!
Por Ramona & Tico Bactéria


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ENTREVISTANDO:
Banda TURN OFF

A entrevista foi respondida pelos integrantes Henrique (Vocal) e João (Guitarrista) para o grupo de zines AMIGOS PUNKS. Agradeço a sinceridade em cada reposta dos amigos. Vamos a entrevista!

*AP: Qual a formação inicial e atual da banda?
 TURN OFF: Inicial: Henrique, João, Pedro, Jonathan. Atual: Henrique, João, Pedro, José.

*AP: Os integrantes têm projetos aleatórios à banda?
TURN OFF: Henrique canta com a Puredin, Pedro toca bateria numa banda cover de Inocentes, a Nada Inocentes.

*AP: Alguma novidade pra citar?
TURN OFF: Se liga no EP mané!

*AP: Quais as influências (bandas) para cada integrante?
TURN OFF: Henrirque: Blink, Green Day, Foo Fighters,Bad Religion, Raul, que inclusive estão no repertório.
João: Eu sempre gostei muito do Punk Rock cru mesmo, tipo Anti-Flag, Ramones, Sex Pistols, NOFX... Uma coisa mais protestante. De uns tempos pra cá ando curtindo bastante também (aproveitando o crescimento da cena na nossa região) o Metal Core, mas nada que influencie para a banda.

*AP: O que influencia as suas letras?
TURN OFF: Henrique: O momento.
João: Eu não costumo compor mais vejo que para o Pedro, que é quem compõe na maioria das vezes, o negócio é bem direcionado ao Punk Rock de vários modos, do melódico ao protestante.

*AP: Citem bandas com quem já tocaram e momentos marcantes pra cada um.
TURN OFF: Henrique: DoYouLike, Puredin, Delonga, Dunhell, Choice, já tocamos com umas várias iaudshiauds.
João: Para mim um dos mais marcantes foi os shows da Sexta Feira 13, que tocamos com a Puredin e a Delonga. Fora nossa ida até Florianópolis, onde tocamos no programa NaPilha da TvCom para todo o estado de Santa Catarina.

*AP: Como vocês veem a cena punkock  independente na região?
TURN OFF: Henrique: A cena tem força, tem bandas, tem público, tem produtores, mas ser músico não é fácil.
João: Muito relativo. Existem ótimos lugares, ótimos públicos e ótimas bandas, porém também existem muitos idiotas (bandas, produtores/apoiadores e público em geral) que não sabem organizar, tocar, estruturar e muito menos extrair toda a qualidade que algumas bandas tem a oferecer.
*AP: Que tipo de revolução querem fazer através de cada musica?
TURN OFF: Henrique: É mais uma revolução
João: Acabar com a hipocrisia, ignorância e falta de qualidade do cenário musical nacional na atualidade.
*AP: Para finalizar um recado de cada um para os leitores dos zines AP!
TURN OFF: Henrique: Vamos apoiar a cena, pois enquanto tu ta aí reclamando de músicas/bandas/estilos que tu não gosta, certamente tem um que tu gosta que tá precisando de um apoio! Abraços e beijos \m/.
João: Esperamos que todos gostem do nosso trabalho desde esse EP que estaremos lançando em breve, até a última das nossas canções. Absolutamente nenhuma banda faz som para si próprio, obviamente deve-se ter o prazer de tocar e fazer música, porém o som é feito para as pessoas curtirem e apreciarem. Falta atitude nos sons de hoje, felizmente existem poucas e boas bandas que representam a nossa cena e o bom e velho Rock, então, curtem-nas, pois o som não pode parar! Abraços.

Amigos apoiadores da cena com o programa A Hora Hard espaço Rock ‘N’Show, Propagate e todas as bandas de amigos da região.
 




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ENTREVISTANDO:

Banda SUGAR KANE http://sugarkane.com.br

A entrevista em sua maior parte foi respondida pelo vocalista Capilé, mas todos deram seus recados. Agradecemos pela sinceridade em cada resposta! SUGAR KANE formada em 1997 em Curitiba (PR) atualmente vivendo em São Paulo (SP). Nascida no meio hardcore/punkrock influenciada por bandas dos anos 90 como Bad Religion/NOFX/Pennywise/ mas hoje a banda se enquadra no rock em geral. Sem se limitar para tentar crescer dentro do que são!


*AP: O que incentivo a formação da banda?

SUGAR KANE: Capilé: Amizade! Começo no colégio com amigos que tinham em comum gostar de punk rock e resolvemos assim montar uma banda naquele estilo, que na época era algo novo que estava rolando no mundo inteiro “mulheres”.

 

*AP: Qual a discografia oficial da banda?
SUGAR KANE: Capilé responde:

2000: Once one Day (Ainda em inglês).
2001: Por nossa paz (Primeiro em português).
2003: Continuidade da maquina.
2004: 469DCM (Primeiro DVD).
2005: Elementar.
2007: D.E.M.O (A nossa volta após um ano parados).
2009: A máquina que sonha colorido.
E após isso alguns EPs em turnês como Digital Native em 2010. E agora o Fuck The Emo Kids em 2011. E o nosso DVD de 15 anos!

*AP: Novos projetos após o DVD de 15 anos?
SUGAR KANE: Capilé: Já estamos compondo um novo disco que devemos começar a gravar no começo do ano que vem, e deve sair primeiro semestre 2013.

*AP: Os integrantes têm projetos aleatórios a banda?
SUGAR KANE: Flavio: Sim eu e o Dé tocamos em uma banda de rock’n’roll nacional com bastante influencia das bandas dos anos 80 do Brasil que se chama Vespas Mandarinas.
Rick: Eu estou desenvolvendo ai há uns três anos um projeto solo quem sabe ai um dia role alguma coisa!
*AP: O que vocês acham da cena hardcore independente no Brasil?

SUGAR KANE: Capilé: Eu gosto muito das bandas que nos influenciaram como: Garage Fuzz/Dead Fish/Pinhead a cena hardcore sempre teve muita coisa boa, mas eu também sempre gosto de salientar que o movimento hardcore às vezes é muito preconceituoso. Acho que a galera tem de manter a cabeça aberta porque o punk rock nunca foi só se fechar tudo. Acho que a galera às vezes tem de ver um pouco mais do que só aquilo que esta acontecendo “ali”. O hardcore/punk rock sempre da o exemplo de você fazer você mesmo lutas pelas suas coisas e querendo ou não tudo isso é uma expressão pela liberdade. Então eu acho que todo mundo que está envolvido ali tem que saber aceitar mais tudo o que acontece e saber que hardcore/punk e muito mais atitude do que somente som.

*AP: Relacionado a musica revolução, qual a importância de um porta-voz para as novas gerações?
SUGAR KANE: Capilé: Bem a musica revolução tenta dizer que esperávamos uma revolução que não aconteceu e aconteceu de outra forma. Esperamos que exista essa maior consciência principalmente no Brasil de coisas além da futilidade. Tudo bem, eu respeito todos os estilos musicais, mas só acho que falta no Brasil uma maior consciência sobre problemas reais que vivemos. E musicas como REVOLUÇÃO e musicas que a gente tenta ser mais social. Só tentamos resgatar a informação e eu aprendi isso um pouco com o Dead Fish. Eles que pra mim foram uma fonte de informação muito importante, então só tentamos passar o lado verdadeiro ou dizer coisas que não são tão populares para tornar as pessoas mais próximas dos problemas reais que vivemos.

*AP: Vocês são o lado-oposto de que?
SUGAR KANE: Capilé: Acho que o Sugar Kane é o lado-oposto da futilidade. Tentamos ser o mais verdadeiro dos sons até as letras. Respeitando sempre a opinião um do outro. Fazendo primeiro algo por nós, isso é algo que gostamos. Mas o nosso lado oposto é mostrar que nem só de bunda vive a música brasileira.

*AP: O que traz medo em nossa “BELA” nação?
SUGAR KANE: Capilé: Acho que temos medo da politia, medo de termos de depender de pessoas que não estão ligando pra nada!

*AP: Um recado final de cada integrante a todos os leitores dos zines Amigos Punk!
SUGAR KANE: Flavio: Galera compareçam aos shows, baixem as musicas, não hesitem, não reclamem depois se nada acontece se vocês também não colaboram com a cena/shows de rock e coisas do tipo. É isso ai!
SUGAR KANE: Capilé: Vida longa aos fanzines, eles que foram a origem de tudo e sumiram por um tempo. Eu torço pra que agora eles voltem, pois sempre foram uma manifestação independente e quase jornalística da verdade. Então, vida longa aos fanzines e que durem por muito tempo!
SUGAR KANE: André: Mantendo mais o menos a linha do Flavio também. Se você não esta gostando do que você ouve na radio, se você não gosta do que você esta vendo na TV. Isso tem muito da sua culpa! Vá atrás das coisas que você gosta, vá atrás do que você acha que é legal pra você. Pesquise, pois tem muita gente fazendo varias coisas legais por ai vale a pena dar uma “garimpada” e ver se você algo que vai fazer sua cabeça fica melhor, isso ai!
SUGAR KANE: Rick: Véio, foda-se o que os outros pensam de você! Seja você mesmo! E parabéns a toda a rapaziada pela iniciativa, é isso ai!

*AP: O grupo Amigos Punks agradece a banda SUGAR KANE e manda um recado. Vão sair de seu conforte e correr atrás de algo melhor e com mais conceito nesse nosso país.
Larguem o que vocês dizem ser música e corram atrás de algo com mais conceito. Pois tem muita banda boa por ai que não esta recebendo mídia. Corram atrás e isso!



POLÍTICA E VISÕES
Não entendo alguns políticos, candidatos etc. Vem a nós com falsas promessas de uma cidade melhor, dizendo serem honestos e querem o bem de todos na sociedade. Mas como podem pedir o voto do povo se não conseguem conservar nem as nossas casas limpas? Jogando panfletos com suas ‘ideias’ que na maioria das vezes trazem benefícios, a não ser a si. Eles não zelam pelo nosso sossego, escancarando seus carros de som com paródias irritantes em pleno fim de semana?
Em minha opinião, se algum político tem mesmo boas ideias e intenções para melhorar nossa cidade, ele deve falar com os eleitores pessoalmente, não nos empurrar ‘ouvido abaixo’ aquelas suas músicas de campanha, com aqueles carros que ficam o dia todo andando por aí. Sei que nem todos os candidatos são iguais, alguns tem realmente um pensamento bom, alguns podem sim estar pensando no futuro da nossa cidade, esses são os que vão até as casas das pessoas, conversam, apresentam suas ideias e pensamentos. É muito comum a gente ouvir, que todos os candidatos são iguais e que o voto é apenas uma obrigação. Mas muitas pessoas não sabem o poder que tem em suas próprias mãos, elas têm a chance de escolher quem poderá governar o país, estado, ou a cidade onde mora. Se o voto não fosse algo tão importante, as pessoas não teriam lutado tanto pelo direito de voto livre, e secreto.
Então já está mais do que na hora de eleitores e candidatos abrirem seus olhos para que de modo correto possamos construir juntos uma sociedade mais fixadas em bons ideais/ideias. E acabar de vez com toda essa palhaçada correlacionada à política!
Por C.B.


SÓ POR HOJE
“Só por hoje”(Charlie Brown Jr.) eu quero coisas. Quero que as pessoas acordem para suas malditas vidas e saibam amar. Quero que as pessoas parem de uma vez por todas com a guerra por crença e entendam que essa guerra rotineira não ira as levar a lugar algum. Quero que a sociedade desperte e pare de correr somente atrás de capital e fama. Quero que a guerra entre famílias cesse por aqui e “pais e filhos”(Legião Urbana) parem de se matar e convivam em paz. Quero que essa correria cesse mesmo na cidade que não para. Pois “a cidade não para”(Inocentes). Quero que o povo acorde e comece a gritar e lutar por sua própria liberdade que a cada dia é tomada por trabalho ou dinheiro. Quero que “quebrem-se as correntes”(Fresno) e o povo seja livre e não mais escravizados pelos “senhores da guerra”(chalie Brown Jr.).
Quero que a sociedade comece a ser organizada pelo seu povo e não somente por uma cabeça que manda e desmanda criando somente coisas a seu favor e vendo seu povo indo para o buraco sem nem ligar para isso. Quero eu e meus amigos estejamos unidos em uma mesa de bar ou ao som do rock’n’roll e nos abraçando, podendo contar um com o outro sem medo nenhum.
Quero ao meu lado a garota que amo e a aceitação de todos nessa sociedade para coisas. Formas de agir, pensar opostas as suas. E quero ainda mais, somente hoje!
Por Pânico Punk


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ENTREVISTANDO:

Programa


*AP: A entrevista foi inteiramente destinada à história do programa. E foi descrita totalmente pelo grande amigo Daniel ‘Russo’ Teixeira, locutor, fundador, ancora e entrevistador do programa.
A HORA HARD: O programa iniciou seus trabalhos na rádio Dce-Unesc 95.5 Fm em 25/05/2004. Dentro da UNESC no espaço do DCE o programa por muitos anos permaneceu no anonimato. Em 2011 teve seus programas semanais gravados em HD e postados no www.youtube.com/ahorahard e assim ampliando ainda mais sua rede de ouvintes, estes muitos já amigos mais que desconheciam por falta de propaganda. Ganhou esta nomenclatura, pois o gênero musical escolhido como cerne seria o Hardcore/punk/hardrock. Com programas semanais com uma hora de duração o programa ganhou ouvintes (estes assíduos amigos) rapidamente, que sentiam carência de ouvir determinadas bandas no rádio. Com o auxilio de dois ajudantes, um tocador de CD, três microfones, um computador com internet e um espaço muito reduzido o programa terminou o ano de 2004.
De 2005 a 2006 várias tentativas de inserção de quadros, vinhetas, participações de bandas e aumento de ouvintes não resultaram em muita diferença.
A partir de 2007, um pouco mais maduro e com integrantes de bandas conhecidos nos shows undergrounds de Criciúma e região nasceu à ideologia do programa: “Atitude para viver! Viver e morrer para o cenário underground, entrevistando e valorizando o que é daqui”.
Ainda em 2007 as primeiras entrevistas ao vivo foram realizadas, já no novo espaço do Dce-Unesc, o locutor ancora do programa e coordenador de comunicação do Dce-Unesc revitalizou as aparelhagens dentro e fora da rádio, com o conserto da antena de transmissão, a renovação de computador, microfones, pedestais, afiação, caixas de som da rádio corredor e inicio de transmissão on-line partida da central Dce.
Em 2008/2009 o programa teve uma linha mais direta com seu público alvo, com entrevistas, vinhetas, quadros e temas semanais, ouve uma grande evolução sonora, algumas lojas comerciais já comentavam, participavam e apoiavam semanalmente com brindes, em 2010 A Hora Hard mesmo contando com a mesma estrutura básica do DCE teve mais uma inovação, os primeiros convites para cobrir eventos de rock em Criciúma, já que o locutor ancora fundou o M.P.P.Hc (Movimento Pro Punk Hardcore) em uma rede social onde divulgava datas, locais e ideias dessa tribo urbana. No fim de 2010 uma última entrevista com uma banda teve de ser remarcada para o ano seguinte, com a pretensão de pagar a divida e encerrar assim a trajetória de muita música, entrevista e amizades, porém um dos integrantes desta banda gravou todo programa com uma câmera de alta definição para postar no site de vídeos www.youtube.com/ahorahard, logo após o encerramento os contatos via rede social na internet pediam para que o programa continuasse. Conversando com o autor da gravação foi criado uma planejamento de entrevistar bandas para todo ano de 2011, incluindo: Aumento de profissionais com divisão de trabalho, todos os programas gravados, editados e postados para visualização pública. A Hora Hard chegou ao seu auge, chegando ao limite máximo que a rádio Dce-Unesc 95.5 fm pode oferecer, os comentários durante a cada semana após as entrevistas (na rádio como também nos eventos) de alguns integrantes e ouvintes eram de que A Hora Hard estava pronta para trilhar novos ares, o nome desta estação de rádio foi citado por conhecidos no ramo. Hoje temos números expressivos como:
www.youtube.com/ahorahard com mais de 130 videos e mais de 15.150 visualizações, mais de 60 inscritos.
www.facebook.com/ahorahard com 110 inscritos, mais de 2.200 seguidores.
www.twitter.com/ahorahard mais de 560 seguidores.
Organizador de 5 eventos em 2012 afim de manter o seu lema “♪ A Hora Hard: Valorizando e entrevistando o que é daqui ♫”, além de ser co-organizador em muitos eventos e convites para cobrir e participar de eventos. E também esta com um novo canal unido ao programa Rock’N’Show e em 2012 pode-se ouvir programas ao vivo todos os domingos das 19 as 21 horas no www.cidadania104fm.com.br/
 
*AP: O grupo de zines agradece ao programa A Hora Hard e principalmente ao seu locutor Daniel ‘Russo’ Teixeira pela força dada a toda cena underground sul catarinense nesses mais de 8 anos de programa e que continue por muito mais tempo nessa correria. E também pela correção ortográfica e diagramação final.


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ENTREVISTANDO:

Banda PUREDIN http://puredin.com.br
*AP: 13 anos de hardcore, e com certeza muita experiência para repassar. Como tudo começou, um pouco da história de vocês?
PUREDIN: Em meados de 99 um grupo de amigos se dividia entre a escola, o skate e a adolescência, tínhamos em torno de 15 anos... E surgia a ideia de montar uma banda para tocar aquilo que gostávamos de ouvir. Muita vontade, pouco apoio, zero estrutura e nota zero na musicalidade. Basicamente aprendemos a tocar tocando! Mas a vontade e a atitude sempre falaram mais alto na banda. Desde que iniciamos os primeiros ensaios nossa meta sempre foi criar músicas próprias, fazer shows, convidar os amigos para um ensaio, e participar de ensaios de bandas de amigos, enfim, movimentar o maior número possível de pessoas com a banda. Estes são pontos que cultivamos até hoje, e com certeza, a chave para manter uma banda durante tanto tempo. Já são 13 participando ativamente como banda independente, e não pretendemos parar por aqui não! Em 2013 completaremos 14 anos de vida, pretendemos lançar nosso segundo CD e com certeza shows não faltarão!

*AP: É clara a influências do hardcore melódico nas músicas do Puredin. Nofx, Millencollin, Face To Face, entre outras bandas se destacam nestas influências. O hardcore melódico no Brasil teve um tempo de "recesso" e não se ouviu falar de muitas bandas, mas de 2010 para cá surgiu novamente com vários nomes impecáveis, você acredita que este é o momento das bandas de estilo aproveitar a safra do ‘boom’ musical?
PUREDIN: Cara, quanto às nossas influencias, você tem razão, muito vem desta veia no hardcore melódico... Mas com o tempo você acaba usando outras influencias também para compor. Somos um grupo com direções diferentes quando o assunto é influencia musical, e gostamos disto exatamente pelo fato de podermos utilizar o que consideramos o melhor em cada um destes diferentes gostos musicais. Quanto a estar vivendo um ‘momento boom’ de bandas deste estilo eu discordo. Cada dia é mais complicado e difícil manter uma banda de hardcore. Do início da banda para cá, uma coisa que não mudou foi o apoio! Continua uma vergonha! De vez em quando surge uma fagulha de apoio, você acredita naquilo e depois percebe que o nicho hardcore não é encarado pelos investidores um local com retorno. Infelizmente, até os modelos de negócio aplicáveis a esta veia hardcore acabam deixando o hardcore de lado. Apoiar o hardcore é estar presente, ir aos shows, contribuir com as bandas que estão ali no palco tocando. Meu amigo, estamos tocando há 13 anos ininterruptamente, e raramente participamos dos grandes eventos! Mas o que nos motiva é ouvir frases deste tipo “cara, cresci indo aos shows da Puredin”, “meu primeiro show foi da Puredin”, “comecei a ir para o alternativo ouvindo Puredin”. É gratificante saber que participamos direta ou indiretamente da formação de muitas pessoas, e de fazer com que estas pessoas optassem pelos eventos alternativos. Muitas delas inclusive formaram bandas. Isto é muito gratificante.
*AP: No dia 13/10/2012 a Puredin tocou com o Raimundos, como foi essa apresentação?
PUREDIN: Foi muito bom! O Ventuno Pub é um templo da música alternativa e a organização do show foi feita por pessoas na qual temos uma relação muito boa. Tocamos com o RAIMUNDOS cara, um pouco de estarmos aqui tocando hoje também é pelo mérito deles. Na nossa adolescência foi uma influência direta! Nosso show particularmente foi bem energético. Gostamos de shows assim, repertório curto, rápido, sem parar, e o pau pegando na roda!
 
*AP: Este ano vocês dividiram palco com o Dead Fish, o que isso representou na atualidade do grupo?
PUREDIN: O Dead Fish é uma outra grande influencia. Já somos conhecidos do Dead Fish. Tocamos com eles em outras oportunidades aqui na região e em outros estados também. E tocar com Dead Fish é sempre um tesão! Certeza de bom público, certeza de show intenso! E o melhor de tudo... Sair do palco e assistir ao show do Dead Fish!

*AP: Puredin seria ainda a resistência do hardcore melódico "old school", aquele velho e bom hardcore que não se deturpou?
PUREDIN: Mano, eu diria que continuamos com aquele bom e velho hardcore.
*AP: Jogo rápido com: *PUREDIN
4 bandas nacionais: Garage Fuzz; Blind Pigs; Dead Fish; Nitrominds.
4 bandas internacionais: A Wilhem Scream; Nofx; Strike Anywhere; Pixies.
4 bandas de Santa Catarina: Impish Brain; Piñacolada; Still Here; Puredin.
1 livro: Sabedoria dos Lobos.
1 cd: A Wilhelm Scream - Carrier Suicide.
Criciúma: O berço.
Puredin: Hardcore.
Brasil: A terra do potencial, falta um pouco de realização.
Hardcore: Puredin.
Amor: Só dentro da família!
Ódio: Momentâneo. Ódio é um sentimento ruim.
Comodismo: Aumentando conforme a idade vai passando.

*AP: Em 2002 foi lançada a primeira demo "Cerveja e Gata", 10 anos depois, o que você pode dizer sobre este material? O que você fez neste material que com experiência não seria feito em uma futura gravação?
PUREDIN: Rapaz, nossa primeira demo chama “I´m not going down” de 2000. J
Mas independente disto, todo material gravado que você escuta um tempo depois tem seus defeitos. Isto é normal. Não podemos nos arrepender do que fizemos de bom ou de ruim. Tudo é aprendizado, um dia você acerta um dia você erra. Mas a vida continua.

*AP: A música “Não mais mentir” fala de amizades que se distanciam, de falsos amigos, esta música relata algum fato pessoal? As letras da Puredin são em suma experiências próprias?
PUREDIN: As músicas da Puredin surgem da vivencia da turma e do cotidiano sim. Esta música não foi diferente. “Não mais mentir” fala sobre crescer e perceber que ao seu redor tem gente que não optou por crescer. “Com os caminhos cruzados não há por onde trilhar, melhor é deixar para traz”. Penso que a vida é assim, vivida em fases. E cada fase tem de ser vivida da melhor maneira, e com quem está em sintonia com sua fase. Entre uma fase e outra da vida, você acaba conhecendo gente que não tem os mesmos princípios éticos e, principalmente, os mesmos valores que você. Mesmo assim você vive momentos da vida com pessoas assim. “E aquele tempo não vai voltar, falsos amigos para sempre eu não quero levar”.

*AP: Quais os pontos positivos e negativos a citar da cena de Criciúma?
PUREDIN: Positivo é sempre tem gente nova surgindo. Negativo é sempre tem gente velha sumindo.

*AP: Qual a importância da internet para a Puredin? A banda é a favor do download gratuito? Quais os prós e contras?
PUREDIN: A internet é algo que revolucionou! Para as bandas foi a melhor coisa que aconteceu. O hardcore é um nicho... E no mundo inteiro existe este nicho. Se você entrar em nossas redes de relacionamento vai perceber que pessoas do mundo todo fazem downloads de nossas músicas e participam da vida da banda.
Isto é muito positivo. O único lado negativo, é que qualquer pessoa escreve o que bem entender. E muitas vezes isto pode formar opiniões negativas sobre uma mentira escrita na internet.

*AP: Onde encontrar merchan da banda?
PUREDIN: www.puredin.com.br
www.lojapumpx.com.br
www.propagateshop.com.br 

*AP: Consegue destacar os 5 melhores shows da carreira do grupo?
PUREDIN: -Curitiba Master Hall, Curitiba-PR (com Dead Fish, Tequila Baby e Colligere). -Zirigdum, Campinas-SP (com Garage Fuzz, Voiced e outras). -Viva Festival, Praia do Rincão-SC (com Nitrominds, Impish Brain, Ponto Nulo no Céu, Ornamental e outras). -John Bull Pub, Curitiba-PR (com A Wilhem Scream e Fallover). -Lançamento do nosso primeiro CD, Criciúma, SC (com Garage Fuzz, Killy e No Direction). -Let’s Go, Criciúma, SC (com Dead Fish e No Direction).

*AP: A Hora Hard, Ventuno, Rock ‘N’ Show, são fundamentais para o crescimento do cenário regional?
PUREDIN: Todo e qualquer estabelecimento, produtora e afins, que se propuserem a fazer acontecer são fundamentais para manter crescente o movimento alternativo como um todo.

*AP: Quais os projetos para 2013?
PUREDIN: Lançamento do álbum “Time for Revenge”.
*AP: A banda já pensou em lançar um DVD contendo história, filme e todo o material possível da carreira?
PUREDIN: 2014, 15 anos de banda!

*AP: Deixem uma mensagem final e seus contatos:
PUREDIN: INDEPENDENCE, not the best not the worst! Fuck you all!!!
www.puredin.com.br
www.facebook.com/Puredin
www.twitter.com/Puredin
contato@puredin.com.br
(48) 8806-5662.

*AP: O grupo agradece a banda PUREDIN, e deixa um forte abraço. Deseja mais historias e álcool nesse nosso amado hardcore. E muitas outras rodas loucas!


SOCIEDADE INJUSTA

Já podemos começar a perguntando onde foi parar a moral e dignidade das pessoas?
Hoje, se você quer encontrar uma pessoa boa, humilde e disposta a ajudar os outros, meu caro, sinto em lhe informar, mais vai ser muito difícil achar. O que mais me intrigo é o quanto algumas pessoas podem ser tão ignorantes ao ponto de desprezar alguém pela sua cor ou pelos bens que possui (ou a falta deles). A pessoa não é digna de ajuda por que ela não tem dinheiro? Acho que todos somos dignos de ajuda e acima de tudo, respeito, independente de cor ou classe social. Precisamos ver o mundo com olhos diferente. Mas. Muito mais que olhar o mundo e seus problemas, temos que muda-lo, e fazer as outras pessoas verem principalmente as que duvidaram de você, as mudanças do mundo pela qual você contribuiu. “Muitos se comovem, mas ninguém se move”
Vamos fazer acontecer, e receber o que nos é de direito: respeito. Ninguém nunca vai ser melhor que você por ter mais dinheiro. Lembre-se: quanto maior e mais alto, pior o tombo. E só mais uma coisa: Quer subir na vida?
Batalhe, não faça as pessoas de degrau.
Por B.C.

Kaos Gravitacional
A bravura da ganância hoje move o mundo. Todos os pingos de esperança morreram. O veneno do homem cobriu a paisagem que um dia alegrou olhares. Os mesmos olhares que hoje tem medo de assistir o noticiário das 8. Que agora mostra que a fila da destruição em massa está dobrando a esquina. Homem matando homem sem ganhar troféu de caça. Crianças chorando não pelo joelho ralado, mas por não ter nem lixo pra comer. O mundo girou em torno dos bons errados, ficou tonto e caiu.
Por Luba Bona

MEU AGIR
Muitos querem me ensinar “como tudo deve ser”(Charlie Brown Jr). Como agir a onde estar e o que falar, acham que são “donos da verdade absoluta”¹.
Querem me cobrar atitudes, as mesmas que não tem.  Dizem que ergo bandeiras, mas não me dizem no que estou errado. Falam que não falo nada para mudar, mas ao mesmo tempo nada querem fazer. Dizem que não estou nas ruas a protestar, mas não os ouço pela cidade a gritar. Enfim “isso cansa, isso cansa” ².
Cansei de cobranças de parte dos que não fazem. E cansei dos que querem ditar algo sobre principalmente o punk. Pouca idade pra ser punk? 50 anos de movimento se não houvesse novas gerações a cultura do punk haveria morrido na mão da primeira geração os velhos!
Não se esqueçam que o movimento punk em 77 surgiu com adolescente e jovens. Então “donos da verdade”. Não tentem desmoralizar jovens ou adolescentes por estarem seguindo os conceitos do movimento. Enquanto uma geração se perde pra música midiática! PUNKS NOT DEAD!
¹Delonga          ²Pense
Por Pânico Punk

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ENTREVISTANDO:

André Cardozo

*AP: A entrevista foi dada inteiramente pelo idealizador e proprietário do Rock’N’Show Pub André Cardozo!
Agradecemos a entrevista e convidamos a todos a frequentar o PUB no seu horário de funcionamento de quinta a domingo. Abraço!


Rock’N’Show Pub: Meu nome é André Cardozo, sou músico profissional desde os meus 15 anos e produtor de vídeos desde os meus 20 anos. Em 07 de Novembro de 2010, juntamente com meus amigos Gustavo Cechinel e Serjão Oliveira, estreei o Programa Rock’N’Show no Canal 20 da Net TV a cabo. Com muitas entrevistas e quadros irreverentes o programa se destacou no canal em meio a programas de culinária e colunismo social. Teve um grande apoio do Ventuno Pub, que permitiu que o projeto saísse do papel, onde nós, os produtores, somos muito gratos ao proprietário do mesmo, “Kuki”, e gratos também a todas as bandas e produtores de shows que sempre estiveram dispostos a participar e ajudar de forma direta ou indiretamente das produções do programa.
Outro grande parceiro que temos é o Concentração Bar, próximo ao campo do Criciúma, que no período de Novembro de 2010 a Dezembro de 2011, eram exibidos os programas semanalmente, possibilitando expandir nosso projeto promovendo sorteios e trazendo um contato mais próximo com nossos telespectadores. Entre os diversos artistas locais e nacionais que foram entrevistados em nosso programa, estão as banda Velhas Virgens, Matanza, Casa das Maquinas, Deborah Blando, Os Chefes, Sepultura (matéria ainda não divulgada) entre outros. Permaneceu no canal a cabo por Um ano e Quatro meses e atualmente divulgamos nossas matérias na internet
O projeto expandiu, e em 10 de Setembro de 2011 com mais dois sócios, inaugurou o Rock’N’Show Pub, em Içara, SC, com um espetacular Show da banda Na Veia da Velha, banda na qual eu fazia parte na época. A partir de Janeiro de 2012 estou como único proprietário do Pub e conto com o apoio de Mila Romancini, gerente. Em nosso palco promovemos shows de rock e suas vertentes, atraindo um publico que busca boa música, e ambiente diferenciado.
O projeto Rock’N’Show conta agora também com um espaço na Rádio Cidadania 104.9 Fm em Içara, SC, fazendo uma grande parceria com Daniel ‘Russo’ Teixeira do Programa A Hora Hard www.youtube.com/ahorahard
(Andre Cardoso- Proprietário do Rock’N’Show Pub)

O programa acontece todos os Domingos a partir das 19 horas sendo chamado na rádio como ”Programa A Hora Hard & Rock’n’Show”, podendo ser acompanhado através da internet em www.cidadania104fm.com.br
Agradeço a oportunidade divulgar meu projeto, que pode se diz que é um Projeto de Vida!
(André Cardoso e Mila Romancini. Casal que mantém o Pub).

*AP: O pub e o programa na região são dois grandes divulgadores e apoiadores da cena rock’n’roll atual na região. O grupo de zines AP tem orgulho de divulgar apoiadores/amigos da região que sempre apoiam a cena.
Deixamos o convite para todos que quiser estar em qualquer show no pub e ouvir o programa. Estarão sempre curtindo um bom rock’n’roll e formando novas amizades!

Daniel Teixeira Jerônimo - Graduado em Licenciatura e Bacharelado pela UNESC em 2007; Mestrando na UNESC pelo Programa de Pós Graduação de Ciências Ambientais; Professor de história e sociologia da rede normal de educação; Fundador do MPPHc (Movimento Pro Punk Hardcore); Locutor de rádio (programa “A Hora Hard”); Fanzineiro (palestrante sobre a arte); Blogueiro (WWW.pumpx.com.br/blogdorusso);
Escritor (poesias e poemas); Produtor Musical (Stan Produções).